Etevaldo "Bahia", percussionista que alegadamente veio de Salvador, foi uma das vítimas fatais de um ataque a tiros contra pessoas em situação de rua em Irajá. Amigos agora buscam familiares para garantir um sepultamento digno.
Na madrugada de sexta-feira (17), a violência atingiu em cheio a comunidade de Irajá, na Zona Norte do Rio, quando ocupantes de um veículo efetuaram disparos contra três pessoas que dormiam embaixo dos trilhos suspensos do metrô.
Entre as vítimas estava Etevaldo "Bahia", um homem que fazia parte do Movimento Afro Cultural Batikum Ilu Odara e que, segundo amigos, era percussionista em Salvador antes de vir para o Rio.
📌 Situação do Caso
- Três vítimas foram atingidas pelos tiros
- Duas morreram no local, incluindo Etevaldo
- Um homem de 37 anos sobreviveu em estado grave
- Crime ocorreu às margens da Avenida Pastor Martin Luther King Jr.
- Vítima não tinha documentos nem familiares no Rio
Luccas Xaxará, membro do movimento cultural, fez um apelo nas redes sociais para tentar localizar parentes de Etevaldo: "Ele sempre esteve participando dos nossos ensaios, cantando, conversando com a galera, trazendo um pouco da memória dele, da cidade dele".
🎭 Movimento Cultural em Luto
O local do crime era palco de oficinas e ensaios do Movimento Afro Cultural Batikum Ilu Odara. A comunidade artística se mobiliza para oferecer um sepultamento digno ao percussionista.
Moradores da região relataram que Etevaldo sofria com sequelas de um AVC e tinha uma ex-mulher que teria voltado para Salvador. Ele era conhecido por ser cabeleireiro e costumava pedir dinheiro nos semáforos da região.
Uma mulher compareceu ao local do crime na manhã seguinte, temendo que uma das vítimas fosse seu ex-marido, pai de seus quatro filhos. "Ele era morador de rua, um tempo estava aqui, um tempo estava em outro local", desabafou.
O caso foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), mas até o momento a Polícia Civil não divulgou as identidades oficiais das vítimas.
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