😢 Mães se Unem em Protesto 'Há Mães que Não Aguentam a Dor e Morrem Também'
✊🏾 Mulheres de diferentes comunidades se reuniram em frente ao Palácio Guanabara para protestar contra a operação mais letal do Rio. "Quando uma chora, todas choram" - o lema que uniu mães em dor.
Um coro de dor e solidariedade ecoou em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro. Mães que perderam seus filhos em operações policiais se reuniram para protestar contra a megaoperação que deixou mais de 130 mortos no Complexo da Penha, transformando seu luto em um grito coletivo por justiça.
📊 Impacto da Operação
- 132+ mortos no Complexo da Penha
- 81 suspeitos presos durante a ação
- 90 fuzis apreendidos pelas autoridades
- 4 policiais mortos em confrontos
- 6 anos de luta de Maria Rúbia
👵 A Voz da Experiência na Dor
Maria Rúbia, de 60 anos, moradora do Complexo do Chapadão, carrega há seis anos o peso da perda de um filho. Sua experiência a transformou em uma referência para outras mães que enfrentam a mesma dor.
"Temos que ajudar essas mães no momento em que elas mais precisam. A gente já sabe como é essa dor. Tem seis anos que mataram o meu filho"
— Maria Rúbia, 60 anos
💔 Quando a Dor é Tão Forte que Mata
Maria Rúbia revela uma triste realidade que poucos compreendem: a dor da perda de um filho pode ser tão devastadora que algumas mães não conseguem suportá-la.
"Temos mães no nosso grupo que não aguentaram essa dor e morreram. Hoje nós somos a voz dessas mães que não estão mais aqui"
O coletivo formado por Maria Rúbia presta apoio emocional a mães que perderam filhos para a violência letal de agentes públicos, tornando-se uma rede de sustentação vital.
✊🏾 O Grito das Mulheres Negras
Ruth Salles, 56 anos, moradora do Engenho de Dentro e integrante do Fórum de Mulheres Negras Estadual, fez um discurso contundente durante o protesto, questionando o silêncio da sociedade perante o que chamou de "genocídio do povo preto".
"Até quando a sociedade vai assistir calada esse genocídio do povo preto? Nós, mães, mulheres negras, da favela, saímos para construir essa cidade, enquanto o governador extermina os nossos filhos"
— Ruth Salles, 56 anos
🔎 A Busca que Não Termina
Enquanto o governador classifica a operação como "sucesso", famílias continuam na angústia da busca por entes queridos desaparecidos. A incerteza sobre o paradeiro de familiares aumenta o sofrimento.
"Sabemos que ainda têm corpos lá. Várias famílias ainda não encontraram o ente querido. São mulheres, mães e irmãs"
O protesto contou com mulheres de diversas comunidades do Rio, muitas delas ainda buscando informações sobre familiares envolvidos na megaoperação.
🏛️ A Visão do Governo
Em entrevista concedida mais cedo, o governador Cláudio Castro defendeu a operação, classificando-a como "sucesso" e expressando solidariedade apenas às famílias dos quatro policiais mortos.
"Temos muita tranquilidade de defendermos tudo que fizemos ontem. Queria me solidarizar com a família dos quatro guerreiros que deram a vida para salvar a população. De vítima ontem lá, só tivemos esses policiais"
A declaração contrasta fortemente com o sofrimento expresso pelas mães durante o protesto, evidenciando diferentes perspectivas sobre quem são as verdadeiras vítimas.
🎯 O Que a Operação Buscava
A ação policial tinha como principal objetivo prender Edgar Alves Andrade, conhecido como "Doca da Penha" ou "Urso", uma das principais lideranças do Comando Vermelho. No entanto, o alvo principal não foi localizado durante a operação.
A Polícia Civil esperava prender cerca de cem traficantes, mas conseguiu deter 81 suspeitos, além de apreender 90 fuzis que estavam em poder da facção criminosa.
🤝 Quando Uma Chora, Todas Choram
O protesto demonstrou a força da solidariedade feminina em momentos de dor coletiva. Mães que já haviam perdido filhos em operações anteriores se uniram para apoiar aquelas que agora enfrentam a mesma tragédia.
A rede de apoio formada por essas mulheres tornou-se um farol de esperança em meio à escuridão da violência e do luto
Enquanto a operação é celebrada por alguns como um sucesso, essas mães lembram ao mundo que por trás de cada número há uma história, uma família e uma dor que pode durar para sempre.
O que você achou desse protesto das mães?

