O mundo das redes sociais está de luto com a perda de Júnior Dutra, um influenciador digital de 27 anos que conquistou mais de 17 milhões de seguidores com seu talento como estilista e sua rotina autêntica compartilhada online. Na noite de sexta-feira, 3 de outubro de 2025, Dutra faleceu devido a complicações graves decorrentes de um procedimento estético conhecido como ‘Fox Eyes’. Essa técnica, que emprega fios de PDO para elevar as sobrancelhas e impulsionar a produção de colágeno, prometendo um olhar felino e rejuvenescido, tem se popularizado rapidamente – mas o caso de Dutra expõe os perigos ocultos por trás dessa tendência.
O Que Aconteceu: Da Consulta à Tragédia
Tudo começou com uma decisão comum entre influenciadores: aprimorar a aparência para se manter relevante no feed. Júnior optou pelo ‘Fox Eyes’, realizado por Fernando Garbi, um dentista que atuava na área de estética facial. Poucos dias antes de sua morte, em uma entrevista exclusiva à Feed TV, Dutra expôs irregularidades chocantes no atendimento. Ele acusou Garbi de subestimar os riscos, garantindo que o procedimento era “sem perigos”, e de falhar no suporte pós-operatório quando infecções surgiram.
Detalhes do Incidente: Logo após a aplicação, Dutra sentiu uma dor intensa no lado esquerdo do rosto, como se uma veia tivesse rompido, com o fio sendo expelido visivelmente. O lado direito permaneceu intacto, destacando a assimetria problemática. Garbi negou a relação com os fios de PDO, atribuindo os sintomas a uma suposta condição dermatológica, e não ofereceu o acompanhamento necessário.
Desesperado, o influenciador buscou ajuda médica externa, mas o atraso no tratamento contribuiu para o agravamento da infecção, levando ao desfecho fatal. Essa denúncia pública, feita em vídeo, viralizou e agora ganha ainda mais peso com a confirmação de sua morte, levantando questionamentos sobre a ética e a competência em clínicas estéticas.
Contexto Médico: Quem Pode Realizar o Fox Eyes?
O ‘Fox Eyes’ envolve a inserção de fios absorvíveis de polidioxanona (PDO) para um efeito lifting imediato, combinado com estímulo colágeno a longo prazo. Apesar da promessa de resultados naturais e minimamente invasivos, complicações como infecções, assimetrias e rejeição de material podem ocorrer, especialmente sem técnica apurada.
- Regulamentação: O Conselho Federal de Odontologia (CFO) permite que dentistas com especialização em harmonização orofacial realizem o procedimento, mas exige formação específica e transparência sobre riscos.
- Riscos Comuns: Infecções (até 5% dos casos, segundo estudos dermatológicos), hematomas e migração de fios – agravados por falta de esterilização ou avaliação prévia.
- Alerta Geral: No Brasil, o mercado de estética cresceu 20% em 2024, com aumento de 15% em denúncias por complicações, conforme dados do Ministério da Saúde.
Embora a família de Júnior não tenha emitido nota oficial até o momento, o caso ecoa em fóruns médicos e redes, com especialistas defendendo auditorias mais rigorosas em profissionais que extrapolam suas áreas de atuação.
Lições e Reflexões: Como Evitar Tragédias Semelhantes
A partida precoce de Júnior Dutra não é apenas uma perda pessoal, mas um chamado urgente para maior conscientização. Influenciadores como ele impulsionam tendências, mas também carregam o peso de endossar serviços sem filtros. É essencial pesquisar credenciais, exigir consentimentos informados e monitorar o pós-procedimento de perto.
Você já passou por um procedimento estético? Conte nos comentários: o que prioriza na escolha de um profissional?
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