Um atentado terrorista abalou a noite de terça-feira (14) em Guayaquil, a maior cidade do Equador, quando um carro-bomba detonou em plena rua comercial movimentada. O ataque resultou em pelo menos uma morte e dois feridos, intensificando a onda de violência que assola o país há meses e deixando a população em estado de alerta constante.
O Ataque que Paralisou o Centro Comercial
A explosão aconteceu em uma das vias mais badaladas de Guayaquil, repleta de restaurantes, escritórios, lojas, clínicas médicas, hospitais e hotéis. O impacto foi devastador: estruturas de estabelecimentos comerciais foram parcialmente destruídas, e o quarteirão inteiro precisou ser evacuado pelos bombeiros para garantir a segurança da população.
A vítima fatal foi identificada como um taxista que trafegava pela área no momento da detonação, enquanto os dois feridos receberam atendimento imediato. Autoridades apontam que os dispositivos eram de fabricação profissional, obra de organizações criminosas dedicadas a espalhar o terror e desestabilizar a ordem pública.
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Investigação em Andamento e Suspeitas de Crime Organizado
A Polícia equatoriana não descarta a participação de facções rivais no controle do narcotráfico, que disputam territórios com violência crescente. A Procuradoria-Geral do país iniciou uma apuração imediata, com análise de gravações de câmeras de vigilância para identificar os perpetradores e esclarecer as motivações por trás do atentado.
Reações das Autoridades: Terrorismo Confirmado
O governador da província de Guayas, Humberto Plaza, não poupou palavras ao condenar o episódio, rotulando-o como um "ato de terrorismo, simples e direto". A declaração reflete a gravidade da situação e a urgência em reforçar as medidas de segurança na região portuária, que se tornou o foco principal da crise de insegurança no Equador.
Contexto de Violência: Equador em Estado de Exceção
Esse atentado se insere em um cenário de escalada inédita de criminalidade no Equador. Desde janeiro, quando o presidente Daniel Noboa decretou estado de exceção e declarou "conflito armado interno" após a evasão do narcotraficante Adolfo "Fito" Macías, líder da facção Los Choneros, o país enfrenta uma sequência de ataques coordenados. Episódios incluem fugas coletivas de presídios, sequestros, assassinatos de figuras políticas e explosões em diversas localidades.
A nação sul-americana, outrora conhecida por sua tranquilidade, agora luta para conter o avanço do crime organizado, que ameaça a estabilidade social e econômica de toda a região.