Foto: Reprodução/Vídeo
Um crime que chocou o interior de Goiás: advogado de 75 anos foi assassinado com dois tiros na cabeça na própria fazenda. O principal suspeito? Seu próprio filho, em meio a uma disputa familiar por uma propriedade avaliada em R$ 17 milhões.
Um trágico caso de conflito familiar envolvendo grandes valores financeiros terminou em morte no interior de Goiás. Adeon Paula de Oliveira, advogado de 75 anos, foi encontrado morto em sua fazenda em Jussara no dia 23 de fevereiro, vítima de dois disparos na cabeça.
Segundo as investigações da polícia, o principal suspeito do crime é o próprio filho da vítima, Alandelon Wanderlei de Oliveira, que teria cometido o homicídio motivado por uma disputa financeira relacionada à venda de uma fazenda de alto valor.
📊 DETALHES DA INVESTIGAÇÃO
- Vítima: Adeon Paula de Oliveira, 75 anos, advogado
- Local do crime: Fazenda em Jussara, nordeste goiano
- Principal suspeito: Alandelon Wanderlei de Oliveira, filho da vítima
- Valor da fazenda em disputa: R$ 17 milhões
- Valor dos empréstimos: R$ 22 milhões em financiamentos hipotecários
- Status do caso: Inquérito concluído e enviado ao MP
A ORIGEM DO CONFLITO FAMILIAR
A história remonta a aproximadamente uma década, quando Adeon presenteou o filho com a Fazenda Portal do Sol, avaliada em R$ 17 milhões. Na mesma época, o advogado possuía outra propriedade de valor semelhante, a Fazenda Salamanca.
Para evitar impostos, foi feito um acordo informal: Adeon permaneceria como proprietário real da Portal do Sol, mas a propriedade continuaria registrada em nome do filho. Esta decisão se tornaria o estopim da tragédia familiar.
Anos depois, aproveitando que a fazenda ainda estava em seu nome, Alandelon realizou diversos empréstimos hipotecários usando a matrícula da propriedade, sem o conhecimento do pai, acumulando uma dívida total de R$ 22 milhões.
⚠️ O DESFECHO TRÁGICO
Um ano antes do crime, Adeon descobriu a situação financeira criada pelo filho, iniciando uma série de conflitos entre os dois. Decidido a resolver o problema, o advogado anunciou que venderia a fazenda - decisão que Alandelon rejeitava, pois teria que quitar todas as dívidas antecipadamente.
Na semana do assassinato, Adeon informou ao filho que havia encontrado um comprador e que fecharia o negócio na segunda ou terça-feira seguinte. No domingo, 24 de fevereiro, o advogado foi encontrado morto em uma das fazendas onde morava.
A DEFESA ALEGA INOCÊNCIA
Em nota oficial, a defesa de Alandelon manifestou "absoluta surpresa" com a conclusão do inquérito policial. Os advogados alegam que a investigação foi encerrada antes que pudessem apresentar documentos que "comprovariam a absoluta inocência" do acusado.
"Lamentamos profundamente a forma apressada e desinteressada do delegado que presidiu as investigações. Já entramos em contato com a assessoria do Promotor de Justiça e aguardamos retorno para apresentar a documentação e requerer novas diligências"
⚖️ SITUAÇÃO JURÍDICA ATUAL
O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Ministério Público na quinta-feira (25). Alandelon foi indiciado por homicídio qualificado, caracterizado pela ausência de chance de defesa da vítima e por motivo torpe (interesse financeiro).
Segundo informações do Tribunal de Justiça de Goiás, o acusado responde ao processo em liberdade até o momento.
O que você achou deste trágico caso?