Foto: PCMS
Um caso que chocou Mato Grosso do Sul chegou a uma conclusão trágica após uma década de impunidade. Um homem de 46 anos e sua esposa de 39 foram presos no último sábado (13) em Itaporã, acusados de crimes sexuais hediondos contra as próprias filhas.
"Por medo e coação, fui obrigada a sustentar a versão falsa de que o agressor era um vizinho desconhecido"
- Declaração de uma das vítimas agora adultas
⏳ Uma Década de Silêncio e Sofrimento
A investigação começou em 2014, quando uma das filhas, então com nove anos, foi diagnosticada com sífilis. A doença também foi confirmada no pai e na madrasta, comprovando o contato sexual abusivo.
Na época, as crianças foram coagidas a afirmar que teriam sido abusadas por um "vizinho desconhecido". Com base nessas declarações falsas, o inquérito foi arquivado por falta de provas suficientes.
📞 Denúncia Anônima Reabre o Caso
Em julho deste ano, uma denúncia anônima registrada no Disque 180 trouxe novamente à tona as suspeitas, apontando diretamente o próprio pai como autor dos abusos.
A informação indicou ainda que o autor teria feito outras vítimas, incluindo enteadas e a filha de sua atual companheira.
📊 Linha do Tempo do Caso
- 2014: Primeira denúncia após diagnóstico de sífilis na filha de 9 anos
- 2014: Caso arquivado por falta de provas
- Julho/2023: Denúncia anônima no Disque 180 reabre investigação
- Setembro/2023: Prisão do casal em Itaporã
👥 Múltiplas Vítimas e Cumplicidade
As filhas, hoje com 20 e 23 anos, foram contatadas pela Polícia Civil. Ambas confirmaram os abusos, relatando que começaram por volta dos sete anos de idade e se repetiram até os 11 anos.
A esposa do acusado foi enquadrada como cúmplice por não apenas encobrir os abusos, mas também coagir as vítimas a permanecerem em silêncio.
Há registros de ocorrências anteriores em outras delegacias do Estado, incluindo Campo Grande e Nova Alvorada do Sul, que reforçaram os indícios contra o investigado.
⚖️ Justiça Finalmente é Feita
Diante das provas colhidas, a Justiça decretou a prisão temporária do casal. Eles foram encaminhados à Delegacia de Itaporã, onde permanecem à disposição da Justiça enquanto a Polícia Civil continua as investigações para apurar todos os fatos e identificar a totalidade das vítimas.
Importante: Denuncie!
Se você souber de casos de abuso ou violência, não se cale. Disque 180 ou 190.
Publicado em: 17 de setembro de 2023
Fonte: Enfoque MS