Especialista em saúde mental explica os riscos da prática e quando o banho compartilhado pode ser prejudicial para o desenvolvimento infantil.
A influenciadora Maíra Cardi gerou intensa polêmica nas redes sociais ao revelar que sua filha, Sophia, toma banhos de uma hora de duração junto com o padrasto, Thiago Nigro. No vídeo compartilhado pela famosa, o marido aparece de cueca enquanto a menina corre despida pelo banheiro.
O caso levantou um importante debate sobre os limites na criação infantil e a exposição de crianças em situações íntimas. Para esclarecer os possíveis riscos, conversamos com especialistas em desenvolvimento infantil.
👨⚕️ O Que Dizem os Especialistas
Segundo o Dr. Iago Fernandes, médico especialista em saúde mental, a prática do banho compartilhado não é necessariamente prejudicial, mas depende crucialmente de alguns fatores:
✅ Quando Pode Ser Positivo
"Em bebês e lactentes, o banho compartilhado muitas vezes é um ato de cuidado corporal e vincular. O toque, a contenção e a rotina do banho favorecem o vínculo de apego seguro e sensações de cuidado."
⚠️ Quando Se Torna Preocupante
"A partir do momento em que a criança começa a desenvolver senso de privacidade, identidade corporal e autonomia — especialmente do pré-escolar em diante — a continuidade de práticas íntimas pode gerar confusão de limites, desconforto e constrangimento."
🔍 Riscos e Preocupações Identificadas
O médico detalha os possíveis danos quando a prática ocorre em idades inadequadas ou sem respeito à vontade da criança:
- Confusão sobre limites corporais e dificuldade em estabelecer fronteiras pessoais
- Prejuízos na assertividade e capacidade de proteção da criança
- Sentimentos de vergonha e constrangimento que podem evoluir para evitamento social
- Ansiedade relacionada à imagem corporal ou problemas de autoestima
- Exposição precoce a práticas sexualizadas, associada a piora de saúde mental
🌊 Risco de Afogamento
"Crianças em contato com a água precisam de supervisão adequada pelo risco de afogamento. Isso é recomendação formal da American Academy of Pediatrics (AAP). Banhos prolongados de uma hora aumentam significativamente este risco."
📋 Recomendações de Proteção Infantil
Organizações de proteção infantil reforçam que qualquer prática que exponha sexualmente a criança, viole limites ou a coloque em risco deve ser evitada. O respeito à vontade e ao desenvolvimento da criança é fundamental.
Dr. Iago reforça que o impacto depende do contexto: "Casos únicos, com afeto e sem frustração ou coação, têm risco muito menor do que práticas repetidas, impostas ou feitas em idades inadequadas. O ponto central é sempre o respeito aos limites da criança."
📊 Idades e Desenvolvimento
- 0-2 anos: Banho compartilhado pode ser positivo para vínculo
- 3-5 anos: Criança desenvolve noções de privacidade - cuidado necessário
- 6+ anos: Prática geralmente não recomendada por especialistas
- Pré-adolescência: Totalmente inadequado e potencialmente prejudicial
💬 Qual Sua Opinião Sobre Este Caso?
Este polêmico caso abre discussão sobre criação infantil, limites familiares e exposição de crianças nas redes sociais. Compartilhe sua perspectiva sobre o assunto.
Fontes: Baseado em entrevista com Dr. Iago Fernandes, especialista em saúde mental, e recomendações da American Academy of Pediatrics.