Foto: Reprodução/Diário do Estado
Um caso chocante de abuso sexual envolvendo um pastor evangélico abalou a comunidade da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Jorge Luiz Oliveira dos Santos, líder religioso local, foi preso temporariamente acusado de abusar sexualmente de pelo menos cinco meninas quando elas tinham entre 7 e 12 anos de idade.
"'Carrego isso comigo desde os 7 anos', revelou uma das vítimas que finalmente quebrou o silêncio após anos de sofrimento."
Os crimes e o modus operandi
De acordo com os depoimentos à polícia, o pastor aproveitava sua posição de liderança religiosa para se aproximar das vítimas. As crianças frequentavam sua casa, onde durante a noite ele entrava no quarto onde dormiam e cometia os abusos.
🚨 Padrão dos Crimes
• Vítimas entre 7 e 12 anos na época dos abusos
• Abusos ocorriam durante a noite na casa do pastor
• Uso de posição religiosa para ganhar confiança
Os relatos das vítimas
Quatro vítimas, hoje adultas com idades entre 19 e 21 anos, concederam entrevista exclusiva relatando os traumas vividos. Os depoimentos revelam um padrão de violência, manipulação e silêncio imposto por anos.
💔 Relatos Comoventes
"Minha mãe desde pequena falou: 'Um homem não pode tocar em você'"
"Eu sabia que era errado, porque meu pai nunca tinha feito isso comigo"
"Ele falava que eu tinha 'uma pomba-gira' no corpo"
Apoio às vítimas
Todas as vítimas foram atendidas pelo projeto Empoderadas, do Governo do Estado, que oferece acolhimento psicológico, orientação jurídica e social no combate à violência contra a mulher.
Marcela Machado, supervisora jurídica do projeto, destacou: "Ele se aproveitava dessa posição de líder religioso para falar com as meninas. Quando você olha para um líder religioso, você espera algo paternal".
Consequências e processos
Jorge Luiz responde por estupro de vulnerável consumado, tentativa de estupro de vulnerável e perseguição. Ele está preso temporariamente no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio.
📞 Como Buscar Ajuda
Disque 100 - Direitos Humanos
Disque 180 - Central de Atendimento à Mulher
Projeto Empoderadas - Acolhimento especializado
Conselhos para outras vítimas
As vítimas que quebraram o silêncio deixaram um importante recado: "Não importa quando foi, não importa se a mãe não acreditar, é ir diretamente para a delegacia. Ou ligar para o Disque 100 ou o 180, pode ter certeza que vão te ouvir".
E completam: "O mais importante é não ter medo e não se sentir culpada. A sua roupa não estava errada, o lugar não estava errado. A pessoa é quem estava errada".
O que você pensa sobre esse caso?